top of page
voltar_topo
Música sertaneja, uma “salada internacional”

No começo da década de 1950, duplas sertanejas locais e paulistas apresentavam-se na recém inaugurada Rádio Cultura de Maringá, e nas diminutas cidades da região, via de regra com os circos itinerantes. O trânsito de músicos nesta região era intenso. E, dada a posição geográfica do estado paranaense, que favorecia a circulação de músicos paraguaios, alguns destes seguiriam território adentro até chegar nos estúdios das gravadoras sertanejas: Luis Bordon e Oscar Safuán são alguns nomes que se tornaram conhecidos. Pedrito Moreno, que trabalhou como garçom do Hotel Paulistano, é também outro exemplo desta circularidade cultural. Com este músico, Itapuã aprenderia o ritmo da rumba ao violão, e adaptaria ao acompanhamento da viola caipira no pagode. Levando outros suingues à música sertaneja, a presença de músicos latino americanos será de suma importância para a dinâmica do mercado fonográfico. Sempre há que se considerar as ações e mediações dos músicos paraguaios no já antigo processo de inter-relações socioculturais da música sertaneja. Este caráter híbrido do segmento foi percebido por Palmeira quando criou o selo Sertanejo na Chantecler para acolher a “salada internacional” que se transformava o mercado fonográfico.

bottom of page