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No pagode, a viola sola e repica, o violão acompanha

Apesar de no pagode o ritmo do violão conservar-se praticamente o mesmo após mais de cinquenta anos, se o suprimimos não há a polirritmia, logo, não há o pagode, mesmo que hoje violeiros busquem reinventá-lo só com viola. Cabe perguntar: o pagode não seria o encontro de dois instrumentos com ritmos distintos? Esta polirritmia característica, que destoa em relação a outros ritmos sertanejos, é grande a novidade introduzida com o pagode. Por outro lado, ouviremos um violão monótono até o dia em que este instrumento faça os solos e os recortados, saindo da zona de discrição, que, de certo modo, reproduz a hierarquia das vozes das duplas. Enfim, quando o violão fará o solo e não sala à viola? O alento é escutar que alguém está fazendo pagodes em tom menor.

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