top of page
voltar_topo

Os ponteios chorosos das modas de viola parecem mover o tempo histórico do violeiro, ajudando-o a encontrar, como se fosse possível, os caminhos do passado. Como ouvintes destas modas, temos a sensação de viver este tempo perdido se escutamos uma viola. Não importa se não for ao vivo, pois também nos acostumamos com suas gravações nos discos. Entre as primeiras gravações de moda de viola e o lançamento do pagode há um grande espaço de tempo, recheado por harpas, acordeons, trompetes e violinos. O pagode surge entre estes instrumentos para anunciar a polirritmia do violão com a viola solista de Tião Carreiro. Contornos melódicos, mais agitados e vigorosos, iriam então representar novas rotas deste cordofone, concretadas com a inauguração da Brasília. Os tempos épicos do “Boi Soberano” continuaram nos atravessando, é certo, mas noutro passo para não atrapalhar o trânsito.

Dois tempos entre uma moda e o pagode
bottom of page