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O ritmo do violão sempre passou desapercebido quando o assunto era o pagode. Desde que o ritmo foi “inventado”, praticamente só se falou de Tião Carreiro e viola caipira. No acompanhamento -- do pagode e da viola --, o violão era tão discreto como Pardinho. Entre os antigos tocadores não havia um termo específico para designá-lo, porém, com o advento da escolarização da viola, este ritmo do violão ganharia um nome – cipó preto. Esta história, que vem sendo escrita desde a década de 1990, parece ter começado com o professor Braz da Viola, dando continuidade à do Seu Mimoso, violeiro da tradição oral, que contava esta história entre os seus. Braz da Viola, ao elaborar métodos de ensino e ministrar oficinas aos estudantes de viola, utilizaria o termo cipó-preto face a necessidade didática de dar nome aos bois: o termo então se alastra até se consolidar nas mídias. Para Itapuã, tempos outrora, a maneira de tocar o violão no pagode foi concebida a partir do ritmo da rumba, tal qual aprendera com um músico paraguaio, garçom do Hotel Paulistano, em Maringá, por volta de 1958. Seu nome era Pedrito Moreno. Naquele tempo, a rumba ainda estava circulando pela América Latina, não raro empregada genericamente para denominar os ritmos afro-caribenhos. Alguém conhece o ritmo do son, que  também vem de Cuba?

O nó do cipó preto
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